Rasgam-se os céus
sopram forte os ventos,
e minha casca de nós
é acoitada pelas vagas,
agitadas da minha mente,
mas contudo,
estóico,teimo em seguir viagem,
a viagem que me levará aos meus sonhos.
Golpeiam-me e vacilo,
mas não desisto,
pois não quero me afundar
em mediocres aspirações.
Os sonhos que sonhei,
e me propuz realizar.
Pode soprar o vento
ou chover sem cessar,
podem até rasgar-se os céus,
não ouvirão meu lamento,
e ancorado na minha esperança
sei que vou chegar,
para onde firmemente caminho.
Luta árdua,
incessante que um dia terá seu fim,
pois estou disposto a dar,
aquele passo a mais,
que aqueles que,
quando estavam a chegar,
desistiram.
A.Ch. Leiria
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