Já lhe aconteceu decerto....
Olhar para o além, tentar adivinhar, vislumbrar o que lhe reservava o amanhã, arquitectar ideias construtivas e com coerência, e repentinamente, por qualquer imprevisto, fraquejar, desistir de levar adiante todas as proposta que conscientemente formulou quando tocavam as doze badaladas na transição de mais um ano. Sempre irão aparecer motivos para adiar, para não se fazer o necessário para levar a cabo aquele projecto agendado, e aí surge a mais insólita das desculpas, sempre há uma desculpa, um pretexto para adiar a nossa felicidade, ou será que estou errado? Como tomar a decisão certa se com base em experiências alheias nos baseamos? Ao defrontarmo-nos com pormenores inesperados que abalam a nossa convicção, deixamos que a inércia nos remeta para o confortável e falso consolo do sofá, queda-mo-nos frente a uma tela, alheios contudo ao que se está transmitindo, abstraídos, completamente alheios aos factos, e pior que tudo imersos em tormentosos pensamentos que nos emprenham de ideias deformadas. Confrontamo-nos com a com um passado, emergimos nele de novo e vamos ficar aí repisando temos uma dificuldade enorme em equilibrar os pêndulos entre a palavra e a acção acreditando que conseguimos seguir vivendo na rotina (até que nem foi muito mau o passado) e as incertezas nos questionam sobre o real valor da mudança de planos através dessas incertezas, achamos que na realidade não o conseguimos melhorar daí a paralisia e o consequente arremesso de nós mesmos para a inactividade.
No entanto, as decisões têm que ser tomadas, o maior conflito é não só a solução, mas também a decisão.
Estamos felizes, comodamente felizes, acomodados e rotineiros, e assim seguimos… Porque o medo de viver o hoje ensombra o amanhã, flagelamos nossa felicidade com ninharias, culpando-nos de ocorrências idas pelas quais possivelmente já cumprimos nossas penas, mas que continuamos a carpirmo-nos pelo facto
Pois apesar de poucos dias passados deste novo ano já me vou dando conta de que alguns projectos a que me propus terão que continuar na gaveta, se seguir ouvindo as palavras do passado…Se não dissipar as incertezas e não agir….
Ontem já passou! Hoje estou aqui!... Amanhã… Não se sabe?
Vou viver, com certeza o dia de hoje, é a única excepção ás minhas incertezas!
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