Uma situação que me (atropela) completamente o meu entendimento, pois não consigo sequer imaginar qual a situação, digo demência, que leva um ser humano a subtrair do seio de uma família uma bebé! Maldade? Sem dúvida, mas não será possivelmente para mal tratar esse ser que alguém furta um bebé, pelo menos conscientemente arquitecta, planeia não lesar a criança, mas não se apercebe que logo à partida já está a provocar toda uma série de lesões imediatas e posteriormente outras surgirão, e mais, como pode uma pessoa que rapta uma criança ter consciência e moral para amar e educar algo que sempre será um peso em sua consciência? Pelo facto de ter praticado um rapto e não só pois pesa também todo sofrimento de desgosto permanente que incutiu aos pais dessa criança, e depois o medo da descoberta, da denúncia, permitirá que seja ministrada a essa criança um direito de levar uma vida normal? Pelo que leio me assunto, não por ter crianças, mas pelo flagelo que é ver quase todas as semanas nos cabeçalhos da imprensa notícias deste teor.
Um dia ouvi uma frase que me marcou:
Não estou preocupado com o mundo que vou deixar aos meus filhos, mas preocupa-me sim com os filhos que vou deixar ao mundo! – Assim poderá ser que um dia com ajuda divina sejam banidas literalmente notícias como essas!
Leia se achar por bem, as crianças mereçem que sejamos vigilantes e corajosos!
Já regressou a casa a bebé de 23 dias que tinha sido raptada no domingo, dia 14, num cabeleireiro de Queluz. A Polícia Judiciária encontrou a menina na terça-feira à noite, bem de saúde, em casa de familiares da presumível raptora, na Brandoa. Os familiares mostraram-se surpreendidos com a busca da polícia, porque estavam até então convictos de que aquele bebé era, efectivamente, filho da autora do crime.
A presumível sequestradora é uma jovem de 18 anos que, por razões de natureza afectiva, simulou uma gravidez e fingiu que tinha tido bebé recentemente. Segundo fonte da PJ, a jovem terá conseguido convencer o rapaz com quem queria casar de que estava grávida, levando o embuste até ao fim e fazendo-o (bem como a toda a família) acreditar que a criança era sua.
Rosa, cabeleireira do estabelecimento de onde a bebé foi levada, afirmou ainda que a principal suspeita do crime terá reagido de modo emotivo e transtornado à chegada da polícia, gritando que o bebé era seu.
"Pediu para pegar na bebé"
No Cabeleireiro Milú, em Queluz, ainda é difícil falar do assunto. Milú, a proprietária, baixa os olhos e comove-se ao recordar o dia do rapto, agora resolvido: "A mãe da bebé chegou cá às quatro e tal da tarde para fazer extensões", explica a cabeleireira, trémula. "Entretanto chegaram duas moças, primas, uma delas grávida. A grávida perguntou se podia pegar na menina e a mãe disse que sim." Pelo meio, a mulher, que se dizia "grávida de nove meses", fazia perguntas sobre as dores de parto e os cuidados a ter com os recém-nascidos. "Eu até lhe disse: você está grávida de nove meses? Não parece nada! E ela respondeu: eu sou gorda, é por isso que não se nota", pormenoriza Milú, ainda perturbada com a situação.
O que se seguiu deixou em choque todo o salão: "A moça grávida estava com a bebé ao colo sempre junto à porta. De repente, deixámos de a ver. Tinha desaparecido." As pessoas ainda correram a ver se a viam, mas a mulher tinha desaparecido sem deixar rasto.
A Polícia Judiciária começou então uma investigação ininterrupta que contou com uma preciosa ajuda: "A prima da raptora, que veio com ela no dia do rapto, era minha conhecida", explica Rosa, cabeleireira que assistiu a tudo. A PJ não descansou enquanto Rosa não disse de onde conhecia a mulher, único elo com a presumível autora do crime. No dia do rapto, as duas cabeleireiras ficaram nas instalações da PJ "da meia- -noite até às seis da manhã" e no dia seguinte, Rosa andou com a polícia das 13 horas às 22 h. "Até que lá me lembrei que tinha trabalhado na casa da tia dessa moça. A PJ foi lá para saber o nome completo dela e, depois de chegar à prima foi mais fácil chegar à raptora."
A mãe da criança, guineense, está agastada pelo susto mas evidentemente feliz com o regresso da filha. E até já comentou, sem perder o sentido de humor, que vai passar a arranjar o cabelo em casa. A arguida foi ontem presente às autoridades judiciárias para aplicação das medidas de coacção.
No: Diário de Notícias
08 Abril 2008 - 12h01
Amares
PJ localiza bebé raptada
A Polícia Judiciária (PJ) encontrou a bebé de Amares, que estava à guarda de uma família de acolhimento, e foi raptado pela progenitora.A menor de um ano e meio, entregue à família de acolhimento por ordem do Tribunal de Menores, foi raptada há cerca de uma semana pela mãe biológica, de 18 anos, que acabou detida juntamente com o seu companheiro. Ambos já foram ouvidos em tribunal, segundo avança a esta~ção de televisão SIC.
A PJ encontrou a bebé raptada em Vila Verde, a poucos quilómetros da residência da sua família de acolhimento. O casal encontrava-se escondido, com a bebé, em casa de familiares. A criança foi entregue aos cuidados de uma instituição de solidariedade social.
No: Correio da manhã
“A jovem detida pelo sequestro de um bebé no hospital de Penafiel simulou durante meses uma gravidez, enganando até o companheiro. Planeou tudo ao milímetro e até arranjou maneira de "ter o bebé" sozinha”, escreve o matutino.
No: AO online
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