Ao longo de meio século de existência, muitas constatações foram somadas a um subconsciente, uns bem claros e agradáveis, outros sobejamente detestáveis e passíveis de serem remetidos ao esquecimento. Mas claramente muitas das coisas anotadas uma em especial me magoa profundamente, porque a determinada altura da vida, anulamo-nos e temos a tendência de imitar os outros. Tentamos igualar alguém erradamente. Contudo deveríamos procurar encontrar-nos e sobretudo manter a nossa maneira de ser, e não invejar qualquer posição ou pessoa, porque inveja é ignorância, e a imitação suicídio. Porquê tentar viver uma vida que não é nossa invariavelmente torna-se uma tarefa extremamente difícil de consecução e ocupados, e sufocados com a ideia se ascender ao lugar de outrem não dispomos de discernimento nem de capacidade de resolução para o que realmente é fundamental para a nossa vivência pautada pela felicidade e pelo gosto de viver.
Não dispomos de capacidades extras para ascender ao término de uma escada de uma vez só, lógico é, subir um degrau de cada vez, e para que cheguemos ao auge, a plenitude dos nossos ideais, não há melhor maneira de sermos nós mesmos, desfrutar da aventura da caminhada e quando de relance remeter-mos um olhar furtivo para trás, sentirmos a sensação de que o lugar onde estamos, onde chegamos nesse momento, fui calcorreado por nós, que conquistamos esse lugar, a pulso, com mérito, sem ter que usar influências externas, sem ter que usar alguém. Que segundo os desígnios divinos estamos no caminho certo, que somos um, que nesta vida não podemos de modo algum viver duas vidas, que devemos viver plenamente e aproveitar esta bênção que nos foi conferida, da melhor e mais correcta maneira que soubermos e pudermos, mas sendo nós mesmos, e nunca uma falsa imagem projectada nas nossas mentes!
Sempre a vida está aí povoada de possibilidades para nos apresentar muitas vezes algumas ofertas, podem ser díspares e mais ou menos agradáveis, mas se por qualquer motivo a vida te oferecer um limão, sê positivo, sê criativo, transforma-o em limonada, não te lamentes. Há sempre pelo menos duas maneiras de analisar as coisas, só de ti depende a maneira como vez as coisas.
– “Dois detidos, uma noite olham para fora das grades! – Um vê lama, desolação nos trevas do deserto, o outro vê o céu e o brilho das estrelas!
Esqueçamos pois as contrariedades, (limões) que a vida nos patenteia, criemos hábitos de positivismo, quem sabe possa até ser ajudando os outros, ajudando assim nossa própria ascensão, pois se somos bons para o próximo, somos inevitavelmente melhores para nós e os (limões) serão motivo de prazer e alegria para nós.
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