Amor-Próprio I

Amar-se a si mesmo é o princípio de um romance para toda a vida.

Óscar Wilde

Deparei-me aquando das muitas viagens que faço em busca de conhecimentos e de verdadeiras tertúlias com pessoas interessantes, que podemos relacionarmo-nos com pessoas demasiado importantes, o bastante para nos elevar nosso astral e nos fazer crer que vale a pena viver.

E o importante é que a distancia e um terminal não impedem que sejamos tão ou mais amigos que os reais, e perante isso constatamos que não é o exterior das pessoas que nos apaixona, mas sim o seu interior, suas palavras, seus sentimentos. Mas contudo deparei-me com alguns imbróglios em relação à “imagem” de perfil de algumas pessoas, pois criam na nossa mente um cenário ilusório com fotos manipuladas.

Pergunto-me qual a relevância que as pessoas dão ao seu aspecto exterior, porque todos nós (regra geral) dão mais importância ao visual, com prejuízo do seu, muitas vezes maravilhoso âmago. O silicone, as plásticas, as maquilagens fazem verdadeiras obras de arte no nosso corpo, certo que é agradável de admirar, mas jamais o ser humano pudera usar qualquer desses apetrechos para fazer resplandecer o sue cerne, o seu coração, que afinal é de todo o ingrediente mais marcante para que se criem verdadeiras amizades.

Não precisamos fazer dietas, nem maquilhagens para colorir lindas amizades, por isso, e porque apesar de a vida me ter provocado algumas marcas físicas, não me determinou nenhuma limitação na capacidade de sonhar, nem contudo as capacidades de fazer amizades verdadeiras, e porque meu coração não cedeu a qualquer pressão continuo a amar, Amar, de verdade todos meus amigos independentemente do seu (invólucro). É uma imagem muito desfocada que se vê no meu espelho, e completamente distorcida da minha riqueza interior