Palavras ditadas pela alma
Por vezes deparamo-nos com desafios impostos pela vida para os quais teremos que estar preparados, (coisa que nunca estamos) e um deles é a compreensão do ser humano, pois por mais eloquentes e letrados que sejamos sempre nos surpreendemos com as pessoas. Por muito próximos que possamos ser, intimas até, é-nos tremendamente difícil captar o que poderá estar a sentir a pessoa com quem privamos no momento.
Quantas as vezes que pensamos que tudo está ao alcance das nossas capacidades de interpretação, da nossa compreensão das prioridades dos que nos são próximos, endividamos nossas mais habilitadas capacidades para agradar, para que no fundo nos sintamos realizados nós mesmos por estar a agir com o coração para que todas as nossas acções sejam frutíferas na consecução das necessidades de quem gostamos, verificamos que no fundo a vida pouco nos ensinou, que todos os alfarrábios que devoramos pouco ajudam para que possamos "sentir" pelos nossos interlocutores. E aí gera-se a insegu-rança, a incerteza dos nossos actos, deixamos que as dúvidas corroam nossa iniciativa, logo se gera a questão, - que está de errado comigo - onde foi que eu falhei?
Mas bem no âmago da nossa consciência há a certeza de que se agimos de acordo com nossas convicções, com base na educação e na moralidade, é assim que sempre será, pois os nosso princípios estão enraizados, e pouco há a fazer momentaneamente para os alterar, embora depois de toda essa prossecução de acontecimentos sintamos que cada pessoa, é exactamente isso, uma pessoa, com seus princípios, suas convicções e seus actos que muitas vezes não são convergentes com as nossas maneiras de ver, assim resta-nos seguir amando que connosco se cruza, libertarmo-nos de culpas que possamos por isso imputar a nós mesmo, não nos deixarmos abater por incompatibilidades, e continuar a tentar, empenhando todo nosso carinho para compreender o ser humano.
Sem comentários:
Enviar um comentário