sexta-feira, abril 03, 2009

Como um cão…

 

 

224_62-c%C3%A3o Lia eu em tempos um magnífico livro de Dutch Boling e entre muitas descrições uma tem relevante impacto no meu dia a dia, de tal modo que eu fazia desse livro um manual há cerca de uma dúzia de anos atrás, e esse capítulo ainda hoje abala o meu consciente. Era mais ou menos assim: Os animais de estimação são mimados, e poucos tem de trabalhar para sobreviver! Sobretudo os cães que nada precisam de fazer para serem bem tratados, os gatos que pouco fazem também além de alguns precisarem mesmo de "caçar" uns ratos, são bem tratados, as galinhas prestam um serviço pondo ovos, as vacas dão leite, as abelhas fornecem o mel. Regra geral os animais são alvo de bons tratos. Mas a capítulo ressaltava uma ilustração muito particular de um cachorrinho que havia na casa, que partilhava da casa como se fora um elemento da família, considerava-se ele mesmo uma pessoa da família e assim era por vezes tratado, acima mesmo dos outros elementos. Quando a dona se acercava de casa, o animal por instinto percebia sua proximidade, sabia que era a "dona" e corria para porta da casa tentando desesperadamente sair de casa, quando se lhe abria a porta corria para ela mostrando seu contentamento tentando mostra-lhe que era bem vinda e que sentira a sua falta. Por sua vez a dona largava todas as coisas e abraçava-o e conversava com ele, "Olá como estás, sentis-te a minha falta? Eu sim tive saudades tuas!" demonstravam um carinho recíproco. Um dia foi feita uma pergunta à esposa sobre o afecto que ela dedicava espontaneamente ao cão: "Porque sempre tratas nosso cão muito melhor que a mim?" Ao que ela respondeu espontaneamente: "Bem, se tu fosses como o nosso cão, se cada vez que me aproximo tu manifestasses agrado e prestasses atenção, se cada vez que eu chego a casa tu saísses para me cumprimentar e que estavas contente por me ver como lhe dá a ele, decerto te trataria com redobrado amor e carinho!" Qualquer pessoa desarma, fica sem palavras para contestar tal afirmação, e com as guardas em baixo, e faz pensar nessas palavras que estão carregadas de veracidade, tem fundamento, se eu atrasasse como o cão decerto ela me trataria como trata o cão. Em qualquer parte do planeta o cão é considerado o campeão do mundo na arte de fazer amigos, por esse motivo, devíamos seguir seu exemplo, adoptar seus métodos. Quando nos acercamos de um cachorro ele se rebola e demonstra carinho, pula de alegria e demonstra assim se apreço, seu afecto, e que tudo isso é espontâneo, pois afinal ele não quer vender-nos nada. A única coisa que ele quer de nós é simplesmente essa nossa atenção, esse carinho. Daí eu depreendi que é importante sempre que me confronto com um cão, devo deter-me e observa-lo atentamente pois sempre aprendo algo com ele. Este pequeno apontamento, surgiu porque esta tarde me cruzei com um animal extremamente dócil preso numa entrada de um estabelecimento de restauração, que veda a entrada aos animais e que apesar da dona estar no interior a tomar café, que lhe poderia causar alguma revolta, ele demonstrou um carinho especial depois das festas que lhe fiz, pulando e latindo de alegria.

 

 

c%C3%A3es Leiria 09-04-03 Angel Charlie

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